segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Governo Lula: Cai nível de desigualdade, e pela primeira vez classe C é mais da metade da população

Uma nova classe média, determinante dos rumos da política e do mercado consumidor surgiu e se consolida no Brasil. Esse é o diagnóstico da pesquisa A nova classe média: o lado brilhante dos pobres, apresentada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o coordenador do Centro de Pesquisas Sociais (CPS) da FGV, Marcelo Neri, o Brasil tem crescido com sustentabilidade, diminuindo a concentração de renda. “O Brasil cresce menos que China e Índia, mas vem distribuindo melhor a renda, temos hoje o menor nível de desigualdade da série histórica, iniciada na década de 1960”, afirma. Em números, uma diminuição de 49% da classe E entre 2003 e 2009 e 35,6 milhões de pessoas incorporadas nas classes A, B e C. São 94,9 milhões de pessoas na classe C, ou 50,5% da população. “Temos uma despolarização, mais pessoas estão ascendendo para a classe C. Isto é um crescimento sustentável, capaz de se manter neste quadro pelos próximos 30 anos.”, avalia Néri. “Um exército de pessoas da classe D prestes a entrar na C”, define Neri sobre o Nordeste. A média de crescimento da região foi de 6,94% de 2003 a 2009, mais de dois pontos percentuais acima da média nacional: 4,72%; sendo 6,49% de renda do trabalho. No Ceará, a média foi de 7,12%, sendo 6,8% oriundos do trabalho. “É no Nordeste que a classe média vai crescer mais nos próximos anos”, espera Neri.

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