segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Governo Lula quer ampliar acesso ao Bolsa Família

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) estuda flexibilizar as regras de acesso ao Bolsa Família, que hoje são exclusivamente financeiras. A ideia do ministro Patrus Ananias é que o critério de renda mensal "per capita" máxima - que hoje é de R$ 140 - seja combinado com acesso aos serviços públicos, para definir as famílias que receberão o benefício do principal programa social do governo Lula.
De acordo com Patrus, além da renda familiar, seriam levados em consideração também condições de moradia, fornecimento de água potável e tratamento do esgoto. "Trabalhamos, por exemplo, para ampliar e colocar outros critérios de pobreza. A renda é um dos fatores, mas é preciso considerar, por exemplo, local de moradia, acesso a bens e serviços básicos. Ver se onde mora a família tem água potável, tem esgoto, tem rua calçada. É trabalhar o conceito de pobreza com fatores além da renda", disse.
Para o ministro, o programa não foi criado exclusivamente para atendimento de famílias indigentes, mas também como complemento de renda para trabalhadores que recebem baixos salários.
Nesta discussão entra também a ampliação dos projetos de capacitação profissional vinculados ao Bolsa Família. Patrus afirmou que a emancipação das famílias é hoje uma prioridade do governo, mas reconhece que há dificuldades de pleno emprego, além de restrições pela situação dos beneficiários do Bolsa Família - muitos são analfabetos, não trabalham há muito tempo e não têm um vida familiar estável.
Para aumentar a oferta de empregos aos beneficiários do Bolsa, o Ministério do Desenvolvimento Social aproveitará as oportunidades surgidas com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o turismo e o desenvolvimento regional.

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