Sertão Central: Cidades disputam sede de hospital regional

Prefeitos, vereadores, profissionais da saúde, lideranças políticas e comunitárias de 20 cidades do Sertão Central participam, hoje, de uma competição importante para a região: saber quem vai sediar o hospital regional do Governo do Estado. Boa Viagem, Canindé, Quixadá, Quixeramobim e Tauá querem uma das duas vagas para a próxima etapa, a ser definida em votação. Os chefes do poder executivo apresentarão as vantagens de suas respectivas cidades para receber o empreendimento. A votação será no início da noite no Centro de Convenções, em Fortaleza. Em seguida o governador Cid Gomes deverá anunciar as classificadas para fase seguinte da disputa.
Os prefeitos de Quixadá e Quixeramobim, Rômulo Carneiro e Edmilson Júnior já traçaram suas estratégias para o segunda etapa. Apesar da rivalidade salutar entre as duas cidades, vizinhas, pela disputa de empreendimentos estaduais e federais, firmaram pacto de apoio. Se apenas uma das duas for classificada para a disputa final, receberá o apoio da outra. Ambos concentram esforços no sentido de manterem o hospital regional no Sertão Central. Todavia, se ambas passarem para a etapa seguinte, a disputa será acirrada. Ambos alegam fortes argumentos para receberem o hospital regional.
Para Rômulo Carneiro, sua cidade possui toda a estrutura necessária para a construção do hospital regional. Dentre as principais vantagens tem a seu favor um núcleo de formação de enfermeiros e odontólogos. Em breve o Município poderá formar profissionais em medicina.
"Confirmada a construção desse empreendimento de saúde, passaremos a trabalhar imediatamente pela implantação de uma faculdade de medicina na nossa cidade". Essa foi a resposta do prefeito de Quixeramobim às vantagens expostas pelo vizinho. Outro forte argumento, além de toda infraestrutura para receber o novo hospital, é a localização do Município, próximo da maioria das cidades desta macrorregião. Edmilson Júnior ainda conta com o apoio do maior número delas no momento da votação.
Nos Inhamuns, o prefeito de Tauá, Odilon Aguiar, ressalta que há condições para o Município receber o equipamento.
O Governo do Estado investirá R$ 96 milhões na construção do complexo hospitalar. Contará com 294 leitos, 74 enfermarias, 51 delas de emergência, 20 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para adultos e 15 de cuidados semi-intensivos. O equipamento terá as mesmas características do inaugurado na sexta-feira passada no Cariri. Atenderá os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).