quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dirigente diz que MST vai trabalhar contra Serra

Principal dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o economista João Pedro Stédile anunciou que os sem-terra vão trabalhar contra a candidatura de José Serra à Presidência da República. "Serra representa a retomada do modelo neoliberal e das privatizações. É uma aliança da burguesia com as empresas transnacionais", disse Stédile. Ele fez questão de lembrar que, quando foi ministro do Planejamento, o ex-governador paulista chegou a afirmar que era mais barato dar um táxi para cada trabalhador rural do que terra. Stédile disse que o novo modelo de reforma agrária tem que incluir a distribuição de terras, a disseminação de agroindústrias e educação no campo. O dirigente também afirmou que, além das mais de duas dezenas de invasões ocorridas este mês em todo o país, nas ações conhecidas como Abril Vermelho, o MST vai intensificar o processo de organização dos trabalhadores rurais para pressionar o sucessor de Lula a incluir a reforma agrária como alternativa de desenvolvimento, como o agronegócio. Os sem-terra querem participar das eleições para mudar a correlação de forças no governo e no Congresso.

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