quarta-feira, 14 de abril de 2010

Presidente Lula fala sobre novo ministério, distribução de renda e estimula pequenas empresas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu nesta quarta-feira (14), em evento do Sebrae, a criação de um “Ministério da Micro e Pequena Empresa”. Segundo ele, um único ministro não consegue cuidar de interesses de grandes empresas e ao mesmo tempo se dedicar ao desenvolvimento de pequenos empreendimentos.
“É incompatível o mesmo ministro que está preocupado com problemas da Gerdau [maior produtora de aço do Brasil] estar preocupado com problemas da companheira de Brasília que veio aqui”, disse o presidente, em referência a uma micro-empresária que se beneficiou de recursos do Sebrae.
Lula citou como exemplo os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. “Por que na agricultura temos o Ministério da Agricultura e um do Desenvolvimento Agrário? Porque é incompatível você ter no mesmo ministério alguém que tem 200 mil hectares e alguém que tem 20 hectares”, disse.
O presidente também ressaltou a criação, durante seu governo, do Ministério da Pesca. “Era inconcebível quem é especialista em criar soja e boi, criar peixe. Então decidimos alguém para cuidar especificamente da piscicultura”, explicou.
Segundo Lula, houve uma "revolução" na mentalidade dos brasileiros e do governo. Ele mencionou que quando assumiu a Presidência, em 2003, a quantidade de crédito disponível para investimentos em empresas era R$ 380 milhões e que atualmente o Brasil tem disponível R$ 1,45 trilhão.
Segundo o presidente, as políticas de distribuição de renda durante seu governo garantiram a ampliação do mercado interno, o que, segundo ele, evitou prejuízos maiores ao Brasil durante a crise financeira internacional. “No Brasil, foram criados mais de 900 empregos com carteira assinada no pior momento da crise. Por que isso aconteceu? Porque distribuição gerou mercado interno”, disse.
O presidente incitou ainda as pequenas empresas a ousarem mais e buscarem mercados alternativos. Segundo Lula, o Sebrae deve correr atrás de empreendedores e “garimpar” oportunidades. “Vocês tem que ser garimpeiros, garimpeiros de oportunidades, pesquisadores de oportunidades”, defendeu.
“Acho que a gente poderia fazer revolução nesse país. (...) [É preciso achar] o ponto G da criatividade do ser humano nos negócios”, concluiu Lula.

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