sexta-feira, 17 de junho de 2011

CE: R$ 630 mi para erradicar pobreza extrema até 2014

O governo do Estado poderá complementar o benefício do Bolsa Família para famílias caracterizadas como extremamente pobres (que vivem com menos de R$ 70 por pessoa na residência). O objetivo é conseguir erradicar a miséria no Ceará até 2014. A estimativa é de que sejam necessários cerca de R$ 630 milhões por ano para realizar essa ação.
A medida faz parte do "Plano de Combate à Extrema Pobreza no Ceará", programa do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP), da Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (Caen-UFC), em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Há pouco mais de um mês, esse mesmo plano foi escolhido para servir de modelo para os demais estados do País, depois de ter sido apresentado, em Brasília, para a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. Conforme o diretor Geral do Ipece, professor Flávio Ataliba, a projeção desse montante é devido ao cálculo aproximado de R$ 35 a mais nos beneficiários do Bolsa Família já inscritos e na adesão de pessoas que ainda não constam na lista. Segundo o professor, o montante projetado dessa contrapartida é muito elevado para o Ceará bancar sozinho. "É evidente que R$ 630 milhões é muito alto. Seria necessário o apoio da União” frisa ele. Para Flávio Ataliba, trata-se de um desafio atingir o propósito nos próximos três anos. "É um esforço muito grande. Porém, o mais importante em tudo isso é que o tema está na pauta, está sendo discutido, está sendo colocado na mesa. Antes ninguém se preocupava antes com o assunto. E agora é diferente, já existe a preocupação do governador Cid Gomes, que está sensível em achar soluções para o problema", avaliou Flávio Ataliba, durante o seminário "A Dimensão e a Medida da Pobreza Extrema no Brasil - O Caso do Ceará", realizado na sede do Banco do Nordeste, no Passaré.

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