quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Em Nova Yorque, Dilma diz que Brasil quer participar de decisões sobre crise

A presidente Dilma Rousseff disse ontem, quinta-feira (22), durante entrevista em Nova York, que o Brasil quer ser ouvido na procura por soluções para a crise econômica internacional. "Nós não somos responsáveis pela crise e não somos aqueles que sofrem a crise diretamente. Não há a menor dúvida. Mas também não se pode alegar que não soframos as consequências indiretas da crise", disse. "Sofremos as consequências e, como sofremos as consequências, julgamos que temos todo o direito de participar e de discutir as saídas [para a crise econômica mundial]. (...), completou a presidente. Dilma fez um balanço sobre seus cinco dias nos Estados Unidos para compromissos relacionados à 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Ela também mencionou o papel dos países emergentes na diplomacia internacional, reafirmou a necessidade de o Brasil integrar permanentemente o Conselho de Segurança da ONU e comentou seu discurso sobre segurança nuclear da manhã de quinta-feira. Dilma avaliou que os impactos da crise em países ricos não se aplicam da mesma forma no Brasil. "Nós somos um país com uma relação de endividamento muito baixa, nós temos as contas públicas em ordem, nós somos um dos países com a mais elevada acumulação de reservas e também temos toda a regulação dos bancos que é muito sólida essa regulação." Para Dilma, a América Latina vive "um novo tempo". Ela afirmou que experiências recentes de como lidar com a crise são ilustrativas para o mundo. "Nós somos aqueles que conhecem perfeitamente o processo de crise, nós sabemos perfeitamente que não se sai de momentos profundos de crise através de políticas recessivas." "Agora nós temos extrema clareza de que essa política tem que ser completada com inovação e crescimento da qualidade dos serviços públicos no Brasil." Ela citou ainda saúde e educação - áreas que foram tratadas durante sua viagem aos EUA.

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