Em sua segunda palestra como ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, no 6º Fórum Anual da rede de televisão árabe Al Jazeera, uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para um país da América Latina.
"Como se explica que os países árabes não tenham pelo menos um representante, um assento no Conselho de Segurança? Como se explica que a China esteja no conselho, e o Japão não? Como se explica que a América Latina não tenha nenhum representante?", questionou.
O Conselho de Segurança tem 15 membros, cinco deles permanentes - China, França, Reino Unido, Rússia e Estados Unidos - que têm poder de veto nas decisões.
Os outros dez membros são eleitos para um mandato de dois anos. O Brasil, que há anos tenta uma cadeira permanente, fica no Conselho até dezembro de 2011. Entre as atribuições do órgão está o poder de autorizar intervenções militares em algum país.
Em geral, todos os conflitos e crises políticas mundiais são tratados entre os membros, para que haja intervenções militares ou missões de paz.
Para Lula, o órgão "se tornou mais um clube de amigos do que um órgão de governança global para tentar ajudar a compreender as questões que enfrentamos no mundo de hoje".
Segundo Lula, é por isso que o Brasil briga tanto por uma mudança no Conselho de Segurança, que, segundo ele, deveria ser uma instituição multilateral capaz de dar voz ativa na solução das crises no Oriente Médio. "Para que isso aconteça, é necessário que o Conselho seja mais representativo e tenha muito mais pessoas", insistiu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário