quarta-feira, 14 de julho de 2010

400 mil pessoas saem da linha de indigência em um ano no Ceará

De 2007 para 2008, 400.520 cearenses saíram deste patamar socioeconômico, conforme informações repassadas pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Mais do que isso. Em um ano, no Ceará, 330.700 pessoas saíram da linha da pobreza (R$ 207,50, um terço do salário mínimo de 2008 – R$ 415). Conforme a presidente do Ipece, Eveline Barbosa, o resultado é reflexo do crescimento econômico na vida das pessoas.
“Isso demonstra ser possível crescer economicamente e, ao mesmo tempo, elevar o padrão de vida da população”, avalia.
Segundo comenta, a proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza no Ceará vem sendo reduzida na última década – passou de 69,1%, em 1998, para 51,1%, em 2008.
Em um período de cinco anos (de 2003 a 2008), 1,325 milhão de pessoas deixaram de ser pobres no Estado. Isso quer dizer que, de cada 15 brasileiros que saíram da pobreza, 1 era cearense, já que 19,5 milhões de pessoas saíram desta situação no País.
O chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri, afirma que a redução da pobreza no Ceará é “sustentável”, pois não se trata somente de transferência de renda governamental.
“Há mais renda de programas sociais, mas também tem aumentado a renda do trabalho. Existe mais sustentabilidade no crescimento da renda por conta do crescimento do trabalho. No longo prazo, faz toda a diferença. Essa situação se mantém durante a crise e depois da crise. É um processo de crescimento forte”, enfatiza.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou, em estudo, que cerca de 13 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta (meio salário mínimo mensal por pessoa de uma família - R$ 207,50) entre 1995 e 2008. Com isso, essa faixa recuou de 43,4% para 28,8% do total da população no período.

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