domingo, 23 de outubro de 2011

Quixeramobim: Curso de cultivo e beneficiamento de plantas medicinais

O escritório regional da Ematerce, localizado em Quixeramobim, promoveu, na zona rural daquele município, fazenda Gangorra, distrito de Damião Carneiro, distante 23 km da sede, um curso de capacitação de agricultores familiares em cultivo e beneficiamento primário de plantas medicinais e economia solidária do PMD na Agricultura Familiar. O curso foi ministrado pelos técnicos da Ematerce Rosimar Gonçalves da Silva, Pedagoga Social; Célia Maria Silva dos Santos, Tecnóloga em Alimentos; e Carlos Magno Holanda, Técnico Agrícola. Com recursos oriundos do tesouro do Estado do Ceará e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), através do convênio 701170.
O curso básico, de 24 horas/aula, teve, como objetivo principal, fazer com que a comunidade retome as práticas dos antepassados, patrimônio imaterial, e identificar o uso das plantas, cultivo de canteiros, produção de fitoterápicos e noções de preservação do meio ambiente. Os participantes, cerca de 25 produtores de ambos os sexos, passaram a conhecer grande variedade de plantas da Farmacologia do sertão: capim santo, hortelã, malva-santa, cidreira, mastruz, romã, vagem do Jucá, acerola, graviola, corama roxa, juazeiro, limão, mamão, casca da aroeira, casca do marmeleiro, casca de comaru, none, dentre outros.
Para o agricultor Carlos Robério de Sousa Alves, líder comunitário, 35 anos, casado, 2 filhos, o curso tornou possível conhecer vários usos das plantas: como calmante, o chá da cidreira; no lambedor, para curar gripe, adiciona-se a casca do comaru e, como cicatrizante, a casca da aroeira. “As comunidades da Gangorra e Agrovila de São Vicente vão organizar-se, para implantar sua farmácia-viva; depois do curso, despertei para o uso daquilo que a gente tem em casa e, por ignorância, não fazemos uso; agradeceu aos técnicos da Ematerce, qualificados de prestativos e atenciosos”, apontou Carlos Robério.
A agricultora Maria de Fátima Almeida Guerra, 42 anos, viúva, 4 filhos, disse estar satisfeita e que achou o curso ótimo. “Na casa dos meus avôs e na da minha mãe, é costume a gente fazer a meizinha caseira; na próxima semana, vamos juntar os que participaram do curso, para iniciarem uma horta, que servirá para produção de verduras e hortaliças, além das plantas medicinais; também aprendemos a fazer tintura natural a partir da maceração da casca e da flor das plantas”, destacou a agricultora Maria de Fátima.

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