quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quixeramobim: agricultores produzem 400 toneladas de silagem

Agricultores familiares, pertencentes ao Assentamento da Reforma Agrária, denominado “Recreio”, localizado no distrito de Belém, município de Quixeramobim, Sertão-Central do Ceará, com o apoio do Governo do Estado, através do Projeto São José, produziram 400 toneladas de silagem à base de capim, milho e sorgo. A reserva alimentar é destinada ao alimento do rebanho bovino, durante o período do verão, quando fica escasso o suporte forrageiro, proveniente da pastagem nativa. Com os valores de R$ 9.235,63, repassados pelo Governo Estadual, os agricultores construíram 26 unidades de silos de superfície.
De acordo com o Engrº Agrº Tarcisio do Rego, gerente do escritório da Ematerce em Quixeramobim, responsável pela elaboração do referido projeto, até o ano passado, os agricultores familiares do Assentamento Recreio, que exploram a bovinocultura leiteira enfrentavam grandes dificuldades, para alimentar as vacas, durante os meses de setembro a janeiro, por conta da falta de reserva estratégica alimentar. “Com a silagem de excelente qualidade, os agricultores agora estão tranqüilos, porque sabem que têm o que dar como alimento, para as matrizes em lactação, hoje, produzindo, em pleno final de ano, mais de mil litros de leite, no mês, garantindo uma renda extra com a venda do leite e a manutenção do rebanho bovino”, explica Tarcísio.
O assentado Alberto Ferreira do Carmo, 30 anos, casado, e tendo como fonte de renda o trabalho de agricultor familiar, tira da venda do leite e do descarte de animais bovinos, ovinos e caprinos o dinheiro necessário ao sustendo da família, composta, além dele, pela mulher e mais dois filhos. Nas horas vagas, depois da lida com o gado, Alberto divide seu precioso tempo, trabalhando na confecção de portões de madeira destinados ao assentamento, bem como na pedreira comunitária. “Estou muito satisfeito, aqui, com o trabalho, chego a passar até três meses, sem ir à cidade, sendo as contas mensais de água, energia e a feira, tudo pago pelo motorista do carro do horário, que passa regularmente no assentamento. Não quero perder tempo, pois sempre fico trabalhando”, afirma Alberto do Carmo.

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